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Notícias

Uma linha telefónica youthfriendly

novembro 6, 2017Isabel Freire
Uma reflexão de…
Paula Pinto, Coordenadora de Linha de ajuda “Sexualidade em Linha”, uma parceria entre a Associação para o Planeamento da Família, e o Instituto Português do Desporto e da Juventude. Paula Pinto é licenciada em Psicologia Clinica pela Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, terapeuta sexual e psicoterapeuta.

 

Data
6 de Novembro

Resultado de uma parceria entre a Associação para o Planeamento da Família (APF) e o Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), a linha de ajuda – Sexualidade em Linha – foi criada em 1998 para dar resposta às necessidades dos/das jovens nas áreas da Sexualidade e do Planeamento familiar, num contexto global de promoção da saúde e prevenção de comportamentos de risco.

Tendo sido um projeto pioneiro, a pertinência e inovação da Sexualidade em Linha mantem-se. É a única linha de ajuda de âmbito nacional que contribui para a promoção da Saúde Sexual e Reprodutiva (SSR) dos/as jovens e população em geral.

Através do atendimento telefónico e resposta a Emails, disponibiliza informação e aconselhamento em SSR, cumprindo critérios científicos rigorosos, com respeito pela opção religiosa, ética e moral de quem contacta, garantindo o anonimato e confidencialidade.

Ao mesmo tempo, a relação de ajuda inerente a este serviço pretende facilitar a reflexão sobre as questões e dificuldades apresentadas. Uma forma de desenvolver competências, como a capacidade de decisão, autonomia e a assertividade dos/as jovens face à sua saúde e bem-estar.

Sempre que necessário, é feito encaminhamento para espaços/gabinetes juvenis, consultas de planeamento familiar/ginecologia, consultas de psicologia, entre outras, em função da sua área de residência ou localidade pretendida.

Os dados estatísticos reforçam o papel desempenhado por esta linha. Ao longo de quase duas décadas, contabilizam-se mais de 160.000 chamadas efetivas e a resposta a mais de 26.000 Emails.

[…] o/a jovem está informado/a, conhece os riscos, mas as suas crenças, atitudes, comportamentos, o ambiente familiar e social, entre outros, dificultam a perceção do risco e a consistência na manutenção de comportamentos responsáveis e saudáveis

Atualmente, por ano, a linha regista mais de 4000 atendimentos efetivos. De 1 de Janeiro a 30 de Setembro deste ano, já deu resposta a 3762 pedidos de Informação/Esclarecimento (76% por telefone e 24% por email).

A análise estatística destes atendimentos em função do sexo e idade, confirma a prevalência registada nos últimos anos. Os contactos são na sua maioria realizados por pessoas do sexo feminino (cerca de 70% dos atendimentos), sendo a faixa etária mais frequente, entre os 18 e os 25 anos (cerca de 40% dos atendimentos).

A distribuição das chamadas em função da região do país, mostra uma predominância de chamadas efetuadas por residentes no Norte e Centro do país.

Relativamente às questões e/ou dúvidas apresentadas, mais de metade incidem sobre o tema Métodos Contracetivos, no qual se destacam questões sobre a toma da pílula, como esquecimentos e interação com medicamentos. O segundo tema mais frequente está relacionado com Informações Gerais sobre Sexualidade, no qual se incluem, questões sobre relacionamento sexual, práticas sexuais, questões médicas, questões de género.

Efetivamente, a preponderância destes dados socio demográficos, permite-nos traçar o perfil tipo da pessoa que contacta a Sexualidade em Linha: mulher, com idade compreendida entre os 18 e os 25 anos, liga do Norte ou Centro e coloca questões no âmbito da contraceção. Ainda assim, as questões colocadas diariamente nesta linha são diversificadas e relacionam-se com vários temas: desenvolvimento; aspetos ginecológicos e andrológicos; gravidez; gravidez não desejada; comportamentos sexuais; orientação sexual; infeções sexualmente transmissíveis; relações de namoro; relações interpessoais; entre outras. Estas, podem igualmente estar associadas a outras problemáticas de saúde juvenil, nomeadamente, o consumo de álcool, preocupação com o corpo, dietas, ansiedade, depressão.

Sendo um facto que os jovens têm cada vez mais informação sobre estas questões e facilidade de aceder a informação, continuamos a observar, que o/a jovem está informado/a, conhece os riscos, mas as suas crenças, atitudes, comportamentos, o ambiente familiar e social, entre outros, dificultam a perceção do risco e a consistência na manutenção de comportamentos responsáveis e saudáveis.

Atendendo a esta realidade por um lado, e à conjuntura atual face às novas tecnologias e o acesso rápido e privilegiado que estas permitem na pesquisa de informação e comunicação, tentamos explorar algumas das razões pelas quais os/as utentes da Sexualidade em Linha optam por ligar para uma linha telefónica de ajuda para esclarecer as suas dúvidas e/ou questões.

Existem espaços de atendimento a jovens espalhados um pouco por todo o país, gabinetes de saúde do Instituto Português do Desporto e Juventude, consultas de adolescentes disponibilizadas por uma grande parte dos centros de saúde e hospitais. Pelo que esta linha tem e deve manter um papel agregador destes serviços, fazendo a sua referenciação e informando sobre os mesmos

Em 2010 realizamos uma sondagem junto das pessoas que contactaram a Sexualidade em Linha. À pergunta “Porque razão escolheu o atendimento telefónico para o esclarecimento das suas dúvidas/questões?”, 31% dos/as inquiridos/as destacaram a rapidez no acesso ao serviço; 19% acesso fácil e prático; 13% o anonimato e a confidencialidade; 12% confiança e qualidade do serviço. Outros/as referiram, “que se sentem mais à vontade em colocar a questão por telefone”; “pelas dificuldades sentidas em aceder a outros serviços para esclarecer as suas dúvidas”, “por sugestão do/a profissional de saúde”; “porque não viu necessidade de recorrer a um atendimento presencial”.

Foi percetível nas respostas obtidas que a rapidez na resposta, o anonimato e a facilidade com que acedem a um serviço com as características da Sexualidade em Linha, são uma mais-valia quando confrontados/as com uma situação que exige uma informação/aconselhamento especializados, muitas vezes de carácter urgente, como o são, por exemplo, algumas questões sobre contraceção que requerem intervenção no momento. Concluímos também que a Sexualidade em Linha é vista pelos/as seus/suas utentes como um serviço ao qual podem recorrer sem qualquer constrangimento e com a garantia de qualidade e eficácia no serviço prestado.

Um serviço Youthfriendly

As particularidades da Sexualidade em Linha enquanto linha telefónica de ajuda reforçam o seu papel Youthfriendly. Garante o anonimato e proporciona um ambiente de confiança, senão mesmo protetor, para abordar questões com as quais os/as jovens nem sempre estão confortáveis e/ou se sentem confiantes de como e com quem podem falar. Abordar pela primeira vez determinados assuntos, pode ser intimidante e um fator dissuasor, pelo que o contacto telefónico ou por email pode ajudar nesse processo. A dificuldade na marcação da consulta, horário, tempo de espera, são outros obstáculos a ter em conta na hora de procurar ajuda. O serviço Sexualidade em Linha facilita o acesso à informação e aconselhamento, eliminando as barreiras geográficas, uma vez que os recursos disponíveis aos/às jovens não são iguais em todas as zonas do país. E, apesar de a internet ser cada vez mais um meio de comunicação privilegiado, permitindo às/aos jovens partilhar informação, trocar ideias e opiniões, pesquisar e atualizar conhecimentos, o excesso de informação disponível dificulta a sua seleção, gerando insegurança.

Relativamente às características de personalidade do/a jovem, o atendimento telefónico é também uma vantagem para aqueles/as que possam ser mais tímidos/as ou que se sintam mais isolados/as, uma vez que não se expõem diretamente na relação de ajuda, não “dão a cara”.

Em Setembro de 2016, a APF e o IPDJ realizaram um Encontro sobre Saúde Juvenil com o objetivo de refletir sobre os problemas atuais da saúde dos/as jovens, seus fatores e vulnerabilidades. Participaram neste encontro profissionais de diversas áreas da saúde juvenil e jovens ativistas de associações juvenis que deram o seu contributo, identificando e discutindo as questões relacionadas com a saúde dos/as jovens. As recomendações finais são consensuais face à perceção dos/as jovens nas dificuldades sentidas no acesso aos cuidados de saúde: o receio de encontrar alguém conhecido; pensar que é obrigatório irem acompanhados dos pais; achar o processo demasiado complicado; não sentir confiança em abordar determinadas questões com o/a profissional de saúde. De facto, não são raras as situações em que os/as jovens que nos contactam demonstram alguma resistência ir ao seu centro de saúde pelo receio de encontrarem alguém conhecido. A confidencialidade está garantida mas não o anonimato. Acresce a pouca autonomia em cuidar da sua saúde. Não sabem onde se devem dirigir e não conhecem (e receiam) os processos burocráticos dos serviços. Por outro lado, desconhecem os seus direitos no acesso aos cuidados de saúde. Um/a jovem consciente dos seus direitos está mais apto/a para procurar ajuda.

Um recurso privilegiado em SSR

A Sexualidade em Linha constitui um excelente recurso para pais, professores, profissionais de saúde. Com alguma frequência, profissionais de várias áreas contactam a linha, para esclarecerem questões que surgem durante o atendimento ou estabelecem o contacto para que o/a jovem apresente a sua questão. Um recurso que a comunidade educativa pode disponibilizar aos/às jovens, quer nas situações que requerem o esclarecimento, orientação e encaminhamento nesta área, quer na implementação dos projetos a desenvolver e/ou já existentes na área da educação sexual.

[…] o atendimento telefónico é também uma vantagem para aqueles/as que possam ser mais tímidos/as ou que se sintam mais isolados/as, uma vez que não se expõem diretamente na relação de ajuda, não “dão a cara”

Existem espaços de atendimento a jovens espalhados um pouco por todo o país, gabinetes de saúde do Instituto Português do Desporto e Juventude, consultas de adolescentes disponibilizadas por uma grande parte dos centros de saúde e hospitais. Pelo que esta linha tem e deve manter um papel agregador destes serviços, fazendo a sua referenciação e informando sobre os mesmos.

A aposta nos comportamentos preventivos de saúde e bem-estar tem vindo a diminuir nos últimos anos. Este serviço é, seguramente, uma aposta ganha na prevenção!

A Sexualidade em Linha segue a sua missão de informar e esclarecer os/as jovens e a população em geral em SSR, mas também de promover o diálogo sobre temas “difíceis” através da relação de ajuda; a informar os/as jovens dos seus direitos; a promover a acessibilidade às consultas de Planeamento Familiar, consultas de adolescentes e serviços de intervenção biopsicossocial. Assim, contribui para a vivência de uma sexualidade tranquila, feliz, associada a comportamentos seguros, consistentes, como parte integrante de um estilo de vida saudável. Por e para isso, carece de maior visibilidade!

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