Orientações para o diagnóstico e tratamento da perturbação da excitação genital persistente


Orientações para o diagnóstico e tratamento da perturbação da excitação genital persistente

A perturbação da excitação genital persistente é pouco abordada no âmbito das formações em sexologia clínica ou mesmo no contexto da literatura científica. Esta entidade caracteriza-se pela sensação persistente e por vezes ininterrupta de sensações genitais vistas como intrusivas e causando distress significativo. Apesar da investigação na área ter sido feita de forma pausada, existe já um corpo empírico capaz de orientar acerca dos fatores etiológicos e de manutenção da mesma, incluindo mecanismos de ordem neurofisiológica e psicológica.

Paralelamente, a nomenclatura clínica tem evoluído no sentido de melhor captar a constelação sintomática apresentada pelos indivíduos. A atual proposta de disestesia genito-pélvica apresenta-se mais inclusiva, espelhando uma visão biopsicossocial acerca de uma condição que afeta homens e mulheres, atingindo faixas etárias bastante jovens.

Neste contexto, foi desenvolvido um conjunto de orientações clínicas, seja para diagnóstico, seja para intervenção, e que são atualmente balizadas em algumas propostas de modelos conceptuais e, sobretudo, que privilegiam a interseção de diferentes especialidades clínicas. Estas orientações foram reunidas no âmbito de uma task force tutelada pela Sociedade Internacional para o Estudo da Saúde Sexual das Mulheres. Para uma leitura compreensiva e verificação dos níveis de evidência das diretrizes poderá consultar

https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1743609521001752?via%3Dihub.