Revisão dos dados recentes sobre distúrbios da ejaculação e do orgasmo nos homens: Recomendações da Quinta Consulta Internacional sobre Medicina Sexual


Revisão dos dados recentes sobre distúrbios da ejaculação e do orgasmo nos homens: Recomendações da Quinta Consulta Internacional sobre Medicina Sexual

Autores: Shindel, Serefoglu, Althof, Arafa, Bhat, Snoeren, Zhang, & El-Meliegy

No âmbito da mais recente Consultoria Internacional em Medicina Sexual, o painel referente às Perturbações de Ejaculação e do Orgasmo no homem reuniu e elaborou um artigo com recomendações baseadas nos últimos achados empíricos.

As Perturbações de Ejaculação e do Orgasmo no homem são condições complexas e frequentemente subdiagnosticadas, com impacto significativo na qualidade de vida e nas relações interpessoais. De acordo com o painel, a avaliação clínica deve incluir uma história médica, sexual e relacional sensível e detalhada, além de exames físicos e laboratoriais direcionados. As causas das Perturbações de Ejaculação e do Orgasmo no homem são multifatoriais, e envolvem fatores neurológicos, hormonais, psicológicos e culturais. Entre as perturbações abordadas no artigo, estão a diminuição do volume ejaculado, ejaculação retrógrada, dor durante o orgasmo, hematospermia, climactúria, orgasmo anedónico, síndrome pós-orgásmica, espermatorréia e a síndrome de Dhat. É recomendado que a abordagem terapêutica deva ser individualizada e personalizada, baseada em evidências quando disponíveis, tendo por consideração o envolvimento da pessoa parceira e o contexto cultural da pessoa.

As recomendações ressalvam a importância da educação sexual, da terapia psicossocial e da tomada de decisão compartilhada. Em muitos casos, o tratamento é empírico, com foco na redução do sofrimento e na melhoria da função sexual e relacional. Algumas condições, como a síndrome pós-orgásmica e a síndrome de Dhat, ainda carecem de terapias padronizadas, sendo a empatia e a sensibilidade cultural fundamentais na gestão das situações clínica. A revisão realizada destacou também a necessidade urgente de mais investigação em populações diversas para compreender melhor a prevalência, etiologia e tratamento destas perturbações. Em suma, a gestão dos casos de homens com Perturbações de Ejaculação e do Orgasmo deve ser holística, por forma a integrar dimensões médicas, psicológicas e sociais.

Referência para o artigo (sem open access): https://doi.org/10.1093/sxmrev/qeaf016